quero saber de ti
postas-te assim, deitas à mesa,
(com as velhas urtigas das calcinhas viscolaycra)
coçando a margaridinha como se me chamasse
por sobre teu corpo de carne
então vê se "não some não, amor"
pra que eu possa passar meu pólen
por sobre a tua flor
& meu dedo há de estar
hora ou outra
em seu mamilo
e que eu revolvido de teu corpo que é carne
sobre a mesa
tenha certeza
de que tua entrega seja aquela de fecunda fêmea
abraçada ao rancor dos abraços do gozo
Após alguns poemas de Herberto Helder
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