quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ao ler um conto de Joyce

Para ler ao som de And it’s all over now, Baby Blue

Ela se sentava como se fingisse para ele não que ela era como se uma acácia caída ali em  seu quarto como por um milagre frente a seus olhos ateus. Ela deitou-se a seu lado e pediu que ele simplesmente deixasse de ler por um segundo e ficasse com ela em mais um intervalo de leitura. E quando olhou em seus olhos era como se eles fossem tudo que no mundo existe, ou como se o sol brotasse ali nos dois dos seis buracos que ela tinha no rosto. Ele queria tê-la sempre assim, como uma acácia-tudo-sol-deitada-a-seu-lado, mas ela levantou-se e voltou a ler na escrivaninha que fica em frente a janela e ele voltou a ler os contos de Joyce, como se nada tivesse acontecido.      

quarta-feira, 27 de julho de 2011

"quando era menor
eu me perguntava como deveria ser
a vida nessas casas a beira da estrada
tristes, isoladas...
acho que agora eu sei..."

uma letra agonizante, um trecho que arrepia, "não existe em mim nenhum medo".